domingo, 22 de junho de 2014

O gesto (des)construtor

Terceiro vídeo da série O Pensamento oblíquo produzido pelo Prof. Dr. Silas Borges Monteiro para o IV Seminário integrador Escrileituras, apresentado em Maio de 2014 em Toledo-PR na mesa redonda: “Heidegger, Derrida e Deleuze: perpectivas da diferença”.





"Se a filosofia não pode propor uma ética, em termos estritos, pois não é um campo prescritivo, quanto menos a filosofia de Jacques Derrida, que nunca trabalhou explicitamente sobre o tema, a não ser em alguns momentos que se deteve nos textos de Emmanuel Lévinas, principalmente nos textos da segunda metade dos anos 1990 em diante. Embora deve-se saber que é de maneira muito artificial que podemos separar períodos ou interesses temáticos no conjunto da obra de Derrida.
Assim, encontro dificuldades em posicionar Derrida nas questões ligadas à ética, embora estejam presentes em sua obra. Tratar o campo é diferente de dedicar-se a ele, durante um período, como mostra Trifonas quando diz que “Jacques Derrida não é um filósofo “ético”. O que quer dizer que ele não expõe uma teoria da ética entendida como “filosofia da ação” ou uma forma de ser-no-mundo.
 Mesmo assim, Derrida sempre teve preocupações com a ética vista como a responsabilidade que temos em reconhecer a diferença do outro. “A desconstrução pesa fortemente aqui.” (TRIFONAS, 1991, p. ix) Deste modo, o peso está na desconstrução da filosofia mais do que em tratar do campo específico. Isso exige que tenhamos um dedo de prosa sobre a desconstrução."

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