segunda-feira, 30 de maio de 2016

Oficina Cinemática "Pode um filme ser um ato de teoria?"

No seminário concentrado Didática da tradução e transcriação do currículo: sobre o projeto Escrileituras que ocorreu na cidade de Pelotas no início desse mês, o EFF, teve a oportunidade de planejar e realizar uma Oficina de Transcriação. 

A escolha que fizemos em relação ao tema se deu a partir das recentes pesquisas e experimentações do grupo, tendo em mente as possibilidades de transcriação e tradução do pensamento. Nesse sentido, pensamos a oficina cinemática: Pode um filme ser um ato de teoria?

O nome e os drops filmicos utilizados para compor a oficina foram pinçados de um artigo de Jacques Aumont que traça a(s) (im)possibilidades de um filme (ou cinema) ser uma teoria, em teorizar.

Após uma breve exposição das ideias e de assistirem a alguns drops de filmes retirados do texto de Aumont, os participantes foram divididos em pequenos grupos, onde cada grupo recebeu um fragmento de texto de autores clássicos da literatura e/ou filosofia. Solicitamos a cada um dos grupos que traduzissem os fragmentos de texto recebidos em um material audiovisual.

A Oficina cinemática durou cerca de quatro horas, onde uma hora foi reservada para a roteirização, filmagem e edição da produção de cada grupo. 

Levando em conta o pouco tempo e os poucos recursos utilizados, os resultados foram surpreendentes, separamos abaixo alguns dos espectros cinemáticos - curtas, fragmentos audiovisuais experimentais, tentames de pensamento audiovisual - produzidos para que vocês possam conferir.

             
                                Tempo  

Produção: 
Louise Gomes 
Vinícius Borges
Natany Martins
Iris Belatto
Layane Buosi
João Batista Santos

                                                                                        Fédon Sebastião

Produção:
Cintia Langie
Gustavo de Oliveira
Josimara Cchwantz
Marcelo Borba


                       Filosofia na Alcova

Produção:
Juliana Zaffalon Rodrigues
Ronaldo
Jussara Duarte
Mônica Corrêa de Borba Barboza
Cassius André Souza

                                                                                    Ecce Homo

Produção:
Alessandra Abdala
Poly Olini
Lisandra Osorio
Juliana Antunes Souza


                               Breviário

Produção:
Carla Melissa Scalzitti
André Macedo
André Barbachã
Catia Carvalho
Valquíria Stephan

quinta-feira, 12 de maio de 2016

Expressionantes Impressões

Escrileituras ... escriler
Como fazer o que ainda não fiz?
Que deleite sem Deleuze?
Como fouror sem Foucault?
Se pode arribar sem Derrida?
Inauguro maio na Satolep fria
pervertendo versos de paixão Ramil

Valéry, quero te ler
Só pra te entender


Escrileitura, à feição de um gancho potente, 
articulado, desses que podem pinçar
espíritos por seus cangotes e
transportá-los, esteira-viva para tantos lados, para outros pagos

E EIS aqui o AICE! 
O que veio antes o que só é na composição 
com quem faz ser que é quem anuncia

AICE é vulcão ardente, 
EIS o caminho da lava.

AICE não é ser de gelo mas
é refrigério n'alma

Produz em frescor na ideia
Cuca fresca, tal qual hálito mentolado, 
EIS o enunciado.

Irrequieta, do infantil que AICE em mim 
imprimo em versos as expressionantes impressões
que enfim. Assino aqui de trás pra adiante.

Anailuj Senutna Azuos
Satolep, 4 de maio de 2016.

Juliana Antunes Souza
Psicóloga da UFPel - Pelotas - RS

Texto produzido e lido por Juliana - uma das participantes do Seminário concentrado - Didática da tradução e transcriação do currículo: sobre o projeto Escrileituras - durante o encerramento de nossas atividades. 
Obrigada Juliana, por compartilhar conosco suas Expressionantes Impressões.



terça-feira, 10 de maio de 2016

Seminário concentrado - Didática da tradução e transcriação do currículo: sobre o Projeto Escrileituras.




Na última semana, nos dias 2, 3 e 4 de maio, aconteceu na cidade de Pelotas - RS, o Seminário concentrado - Didática da tradução e transcriação do currículo: sobre o Projeto Escrileituras, e o EFF estava lá!



Tenho certeza que não falo só por mim ao dizer que se tratou de uma experiência rica e incrível, a generosidade na tradução de seus conhecimentos por parte dos componentes das mesas foi louvável.







Após muuuitas horas de viagem, entre trechos de avião e ônibus, os (cansados) últimos moicanos chegaram no dia 1/5, domingo, a Pelotas.




Com a manhã do dia 2/5 livre, nós saímos pra turistar um pouquinho, porque ninguém é de ferro né?












Então, claro, rolou uma voltinha básica pelo lindo centro histórico de Pelotas.












E o EFF só que congela!

Mas chega de passeio e vamos ao que interessa né?

Após um almoço caprichado, fomos para o ICH da UFPel para participarmos da mesa de abertura do seminário, composta pelos coordenadores dos quatro núcleos do projeto Escrileituras que se encerrou no ano de 2014.


Então foi a hora do Quad fantástico mostrar a que veio!


Como a maioria dos inscritos no seminário não participou diretamente do projeto Escrileituras: um modo de ler-escrever em meio a vida, a Prof. Drª Carla Gonçalves da UFPel, nossa anfitriã, abriu o seminário falando do projeto. 

O projeto Escrileituras foi desenvolvido sob a coordenação geral da Profa. Dra. Sandra Mara Corazza entre os anos de 2011 e 2014, com núcleos de realização em quatro universidades brasileiras: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Universidade Federal de Pelotas (UFPEL); Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Coordenados respectivamente pela Profa. Dra. Sandra Mara Corazza (UFRGS); Profa. Dra. Carla Gonçalves Rodrigues (UFPEL); Profa. Dra. Ester Maria Dreher Heuser (UNIOESTE) e pelo Prof. Dr. Silas Borges Monteiro (UFMT).

Logo após veio a fala do Prof. Dr. Silas, Esporas otobiográficas: traduções feitas por um grupo de pesquisa do projeto Escrileituras, Prof. Drª Ester, Construcionismo de uma crítica genealógica de escrileituras e fechando a primeira mesa a Prof. Drª Sandra.

E assim foi o primeiro dia do EFF em Pelotas.
Renovados, nossa terça-feira foi longa e muito proveitosa, tivemos uma mesa pela manhã (foto a direita) com a Profª Ester, e as orientandas da Profª Sandra, Ana, Polyana e Fabiane. E a mesa da tarde (foto a esquerda) foi composta pela Profª Drª Sandra Corazza e sua Doutoranda Idalina Krause da UFRGS - RS.

 

O período da noite ficou reservado as programações culturais, o cine UFPel foi palco da mostra e discussão dos filmes Papel-Máquina e Paixões, produzidos no contexto de estudos e pesquisas do EFF. 







Após a mostra dos filmes o EFF juntamente com a Profª Carla organizou e executou uma intervenção com a leitura das 50 Teses sobre Escrileituras







                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                    Essa atividade precedeu a noite de autógrafos realizada em decorrência do lançamento dos cadernos de notas 6, 7 e 8 do projeto Escrileituras. Mas não para por aí, o caderno de notas 9 já está quase pronto e o 10 na mira.
O último dia do seminário ficou por conta dos núcleos Pelotas e Cuiabá, pela manhã tivemos uma mesa com a Profª Drª Carla Rodrigues e sua Orientanda de Doutorado Josimara Wikboldt, que nos deram uma super aula sobre as oficinas de Escrileituras e sobre método.


A última atividade, como não podia ser diferente, tratou-se de uma oficina de transcriação oferecida pelo EFF sob coordenação do Prof. Dr. Silas Borges Monteiro. 


A oficina cinemática Pode um filme ser um ato de teoria? foi elaborada pelo núcleo Cuiabá do Grupo de Estudos Escrileituras, isso mesmo, o projeto pode ter acabado, mas não seus desdobramentos, com o fim do projeto, foi criado um grupo de estudos que leva o mesmo nome. A oficina cinemática proposta pelo EFF fechou com chave de ouro esse incrível seminário. Parafraseando a Josimara, não tem como tentar colocar fim a algo que é infinito.


Obrigada a todos!